O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio não. O que é difícil é comunicar com eles, nós não entendemos, ficamos sem paciência e surgem conflitos. Ensiná-los a comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.
O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.
O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação a sensação táctil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraça-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada.
O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando os seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão a gostar. Tente interpretar os seus gritos.
O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tendem a mimá-los e
superprotegê-los, são muito amados.
O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles impedem-os de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo
quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.
O Mito: os autistas não entendem nada do que está a acontecer.
A Verdade: os autistas podem estar a entender sim, a nossa maneira de entendimento dá-se pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos que não está a entender, mas assim como qualquer criança que achamos que não esta a prestar atenção, não esta a entender, de repente a criança diz qualquer coisa e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.
O Mito: o certo é interná-lo, afinal numa instituição saberão como cuidá-lo.
A Verdade: toda a criança precisa do amor da sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa de mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte, uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e
trazê-lo também.
O Mito: ele grita, esperneia porque é mal educado.
A Verdade: o autista não sabe comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas
irritamos-nos, preocupamos-nos com olhares dos outros, as vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entende, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme nas suas decisões. Não ligue aos olhares dos outros, você tem mais que fazer. Não bata na criança , isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele.
Diga com firmeza que precisa ir embora por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ser a firmeza do outro.