quarta-feira, 3 de junho de 2009

Autistas Famosos






Jerry Newport :

Nasceu em 5 de Agosto de 1948 e foi diagnosticado com síndrome de Asperger em 1995.Jerry Newport é conhecido pela sua capacidade de executar cálculos extremamente dificeis apenas pela sua cabeça. É licenciado em Matemática pela Universidade de Michigan, onde foi também um membro da Delta Chi Fraternidade. Trabalha como free-lance accounting, participa em palestras sobre Autismo/Asperger pelos Estados Unidos e também escreve para revista Autism Asperger´s Digest Magazine. É casado com Mary Newport que também tem Síndrome de Asperger. Escreveram juntos o livro "Autism-Asperger´s and sexuality puberty and beyond". A vida dele é retratada no filme "Mozart and the Whale".










Dra. Temple Grandin :

Nasceu em 29 de Agosto de 1947 e foi diagnosticada como autista aos dois anos. É PHD em Ciência Animal e professora da Universidade do Colorado. Grandin participa em várias palestras sobre autismo além de ter escrito alguns livros sobre a sua experiência como autista. Inventou a "Squeeze-Machine" ("Máquina do aperto") para ajudá-la nas suas dificuldades sensoriais. No seu livro "Thinking in Picture" Grandin relata que a sua primeira língua foi visual e como esta experiência a ajudou profissionalmente.A Dra. Grandin diz que conseguiu sucesso graças às oportunidades que a escola e a família lhe ofereceu. A sua mãe publicou um livro "A thorn in my pocket" sobre a sua experiência de criar uma criança autista num tempo em que as mães eram consideradas culpadas pelo autismo dos filhos. Estas crianças eram encaminhadas para uma instituição por não existir cura.









Tito Rajarshi Mukhopadhyay :

Tito nasceu em 1989 na Índia e por volta dos três anos foi-lhe diagnosticado autismo clássico. Tito balançeia-se, gira, faz movimentos estereotipados, faz barulhos estranhos, não consegue ler a expressão do rosto de outras pessoas, não mantém contacto-ocular. Embora tenha autismo clássico , consegue expressar os seus pensamentos e sentimentos. Descreve, através, da escrita como se sente preso a um corpo autista. Segundo Tito, o balancear e a execução de movimentos estereotipados servem para conseguir sentir o seu corpo; não faz contacto-ocular porque só consegue processar um sentido de cada vez, ou seja, não consegue ver e escutar ao mesmo tempo. Tito é fluente em inglês e bengali (tem dificuldades para falar e ser compreendido escreve muito bem e é mais fácil para ele escrever no computador) têm dois livros publicados: “Beyond the silence: My life, the world, and autism” e “The mind tree: A miraculous child breaks the silence of autism.” Tito conseguiu superar as barreiras que o autismo lhe proporcionou graças à mãe Soma Mukhopadhyay que desenvolveu uma maneira de ensinar e comunicar com o filho chamada "The rapid Prompting Method".



Mitos e Verdades sobre o Autismo

O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio não. O que é difícil é comunicar com eles, nós não entendemos, ficamos sem paciência e surgem conflitos. Ensiná-los a comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação a sensação táctil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraça-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando os seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão a gostar. Tente interpretar os seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tendem a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles impedem-os de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está a acontecer.
A Verdade: os autistas podem estar a entender sim, a nossa maneira de entendimento dá-se pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos que não está a entender, mas assim como qualquer criança que achamos que não esta a prestar atenção, não esta a entender, de repente a criança diz qualquer coisa e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-lo, afinal numa instituição saberão como cuidá-lo.
A Verdade: toda a criança precisa do amor da sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa de mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte, uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: ele grita, esperneia porque é mal educado.
A Verdade: o autista não sabe comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas irritamos-nos, preocupamos-nos com olhares dos outros, as vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entende, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme nas suas decisões. Não ligue aos olhares dos outros, você tem mais que fazer. Não bata na criança , isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ser a firmeza do outro.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Caso de uma criança autista

Relato de uma mãe sobre o seu filho autista Iúri:

“Mostrou sempre uma grande cautela para não se magoar, tanto na aprendizagem dos primeiros passos como nas brincadeiras.
Nunca gatinhou e à medida que foi conquistando alguma segurança de coordenação apoiava-se em objectos que lhe pareciam suficientemente seguros para se deslocar.Os pais compraram-lhe uma "aranha" que fez as suas delícias mas que acabou por retardar um pouco a confiança para se deslocar sem apoio.
Os primeiros passos deu-os na praia sobre a areia molhada numa tarde amena de Outono, por volta dos seus 8 meses mas só mais tarde, aos 14 meses, se aventurou sozinho durante uma brincadeira, no café que frequentava diariamente. Por volta dos 16 meses a mãe surpreendeu-o a fazer uma "kata" que lhe pareceu na perfeição. O equilíbrio, harmonia e perfeccionismo dos movimentos faziam lembrar um pequeno mestre chinês. Parou abruptamente quando se sentiu observado e que se tenha conhecimento não repetiu este episódio. Que se saiba o Iúri nunca observou tal prática muito embora o pai tenha sido atleta de alta competição na modalidade desportiva de "Karaté" na Académica de Coimbra, anos antes de ele nascer.
Apesar de saber correr prefere a caminhada e em brincadeiras optava pelo saltitar apoiando-se alternadamente num dos pés, comportamento esse que veio entretanto a perder.
A partir do momento em que passou a movimentar-se com segurança o Iúri foi desenvolvendo autonomia face às suas necessidades alimentares, de higiene pessoal, de brincadeiras, etc.
Usou fraldas até cerca dos 3 anos. Detestava o bacio e temia a sanita. Perdeu o hábito de forma súbita e radical: foi-lhe retirada a fralda um dia de manhã e não mais voltou a querer colocá-la. Nunca sujou a cama ou o vestuário com o "xi-xi surpresa". Passou a ir sozinho à casa de banho, esperando por ajuda para se limpar anunciando: "já tá".
Adora tomar banho e ficar lá a relaxar e a brincar. Prefere o banho aos duches rápidos e aprecia imenso a massagem corporal pós-banho com a loção corporal e água-de-colónia, que o deixa sempre sereno e bem-disposto. Cuida da sua higiene à excepção dos cuidados com o cabelo e unhas solicitando a ajuda da mãe nesses cuidados. Veste-se e calça-se sozinho desde muito cedo apenas pedindo ajuda para os atacadores dos sapatos.
Raramente se suja mas quando isso acontece mostra-se muito descontente consigo próprio e tenta limpar o melhor possível. Gosta de andar impecavelmente limpo e bem cheiroso.
Por sua iniciativa, arruma o quarto e faz a cama na perfeição, inclusive aquando da mudança da respectiva roupa; põe e levanta a mesa; fica feliz quando solicitado a ajudar noutras tarefas domésticas.
Alimenta-se sozinho (de faca e garfo) e prepara as suas refeições: pequeno-almoço e lanche. Utiliza a torradeira e o micro-ondas sem ajuda, além de outros equipamentos.”

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sintomas

A palavra "AUTISMO"


A palavra "Autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade".


Porém, esta doença foi descrita pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, que trabalhava no Johns Hopkins Hospital, no seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista "Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, na sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância.


O trabalho de Asperguer só se tornou conhecido em 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu o seu trabalho para inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O que é o Autismo ?



Existem várias definições de autismo.


Autismo é:


  • um problema neurológico ou cerebral que se caracteriza por um decréscimo da comunicação e das interacções sociais;


  • uma desordem psiquiátrica em que o indivíduo se recolhe dentro de si próprio, não responde a factores externos e exibe indiferença relativamente a outros indivíduos ou a acontecimentos exteriores a ele mesmo. ( New Lexicon Webster's Encyclopedia Dictionary - 1991)


  • uma desordem desenvolvimental vitalícia com perturbações em "competências físicas, sociais e de linguagem". ( Sociedade Americana de Autismo)


  • uma deficiência mental específica que afecta qualitativamente as interacções sociais recíprocas, a comunicação não-verbal, a actividade imaginativa e se expressa através de um repertório restrito de actividades e de interesses. (Frith, U. 1989)




Qual destas definições se poderá dizer mais correcta

O Autismo é ainda uma doença sob investigação, ou seja, existem ainda muitos factos sobre esta patologia que não se conseguem explicar, daí haver várias definições de autismo.





Cumprimentos,

Different Life.

Apresentação

Nós somos alunos do 12º ano e decidimos fazer este blogue para uma melhor divulgação do projecto que estamos a desenvolver no âmbito da disciplina da Área de Projecto. Já temos um outro blogue, mas aí apenas vamos escrever o que fazemos durante as aulas e todo o processo de elaboração do nosso projecto. Fica aqui o link para passarem por lá e verem como estão a correr as coisas e claro, dar uma opinião sobre o nosso trabalho. (http://www.apautismo.blogspot.com/)

Neste blogue, vamos então escrever tudo aquilo que apredemos e que queremos divulgar sobre o nosso projecto - O AUTISMO.


Cumprimentos,


Different Life